quarta-feira, 2 de junho de 2010

Maciço Eruptivo de Sintra

                                                         Fig. 1: Serra de Sintra


                                                     
A história geológica dos terrenos observáveis nesta região começa há cerca de 160 milhões de anos, com a deposição de sedimentos em meio marinho, relativamente profundo. Devido ao preenchimento da bacia por sedimentos e a variações do nível do mar, o ambiente de deposição evoluiu sucessivamente no decurso do Mesozóico, há cerca de 200 milhões de anos, para marinho menos profundo, recifal, laguno-marinho, fluvial e lacustre.
O ambiente fluvial revelou-se muito importante, pois são frequentes as intercalações de arenitos, conglomerados e argilas com vegetais fossilizados, que traduzem o depósito de materiais provenientes da erosão das áreas envolventes.
No entanto, a entidade geológica dominante nesta região é o Maciço Eruptivo de Sintra, que se instalou, em grande parte em profundidade, encaixando-se entre as formações já existentes, que viram a sua posição e mesmo a sua estrutura alteradas, pela interposição das rochas ígneas. Os materiais sedimentares do encaixante do maciço eruptivo, soerguidos pela sua ascensão, foram desmantelados e acumularam-se durante o Terciário, há cerca de 10 milhões de anos, em áreas periféricas.
Nesta zona ( Maciço Eruptivo de Sintra) é possível observar três tipos de rochas:
Rochas sedimentares- as mais antigas, calcários e margas, depositaram-se no Mesozóico e no Jurássico Superior, e as mais recentes, areias e aluviões, na actualidade.
Rochas magmáticas- intrusivas extremamente diversificadas (granitos, sienitos, gabros, dioritos, brechas ígneas, traquibasaltos, basaltos, etc.), instalaram-se em períodos que, vão aproximadamente desde os 85 aos 72 milhões de anos.
Rochas metamórficas- resultantes do contacto com as rochas sedimentares situadas na proximidade das rochas magmáticas, intrusivas e extrusivas.

O Maciço Eruptivo de Sintra é uma estrutura complexa, anelar, de pequenas dimensões (5x10 km) e de grande variedade petrográfica. Sobressai das plataformas calcárias que o rodeiam, resultado de uma intrusão de rochas magmáticas geradas a grandes profundidades há cerca de 80 milhões de anos, que no seu contacto metamorfizaram essas formações sedimentares. Posteriormente, estas foram sendo erodidas, ficando a descoberto o núcleo ígneo.
Alonga-se de este para oeste, sendo cortado na vertente oceânica pela erosão marinha, onde, o Cabo da Roca, cai a pique sobre o mar.
As principais rochas que o constituem são os granitos, gabros, sienitos, microsienitos, traquitos e traquiandesitos. É densamente cortada por filões de natureza diversificada.

Fig. 2: Formação da serra de Sintra



Trabalho elaborado por:                                                                                                                         

Anita Juliana Teixeira Marinho nº2 11ºG

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